'O espelho reflecte certo; não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo'
Alberto Caeiro

Sentidos

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Pena do Poeta



Óh Deus, como sofre o poeta,
com seu demasiado sentir
seja por chorar ou sorrir
levando uma vida secreta.

Sempre visto como louco,
às margens do mundo,
vivendo como poucos
um silêncio profundo.

Afogando-se em versos,
em pensamentos incertos
confidenciando ao papel,
seu eterno companheiro fiel.

Entristece meu peito,
por assim desse jeito
como vêem os poetas.

De amar, são suspeitos,
malucos, esse é o conceito
outrora gênios seriam
eternos, alguns diriam;

recebemos a dádiva
de sermos diferentes;
em contraponto à maldição
de sermos incompreendidos.


Hugo Roberto Bher

4 comentários:

José Sousa disse...

Oi Carmo!
Lindo poema este!
Boa continuação e conheça o meu Traspondo Barreiras.

Um grande abraço.

Xuxudrops disse...

Acho que acima de tudo, somos intensos e entregues e crônicos do nosso tempo. Somos inteiros e por isso diferentes, pois tanta gente vive tudo pela metade.
Acima de tudo, somos misteriosos: http://laranjapsicodelica.blogspot.com/

;)

João Maria Ludugero disse...

Adorei seu blog. Maravilhoso!
Já estou te seguindo. Voltarei, de certo, com mais demora. Abraços,
João, poeta.
Obs.: Se quiser e puder me seguir, vou gostar de ter seus coments.

Leonor Carboila disse...

Lindo!! adorei (:

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