Há a palavra
Embutida no vazio,
Castrada do sentido
E mergulhada
Na cegueira.
Há o gesto simples
De ternura
Na fé oca e dura,
Pérfida na dualidade
Dos jogadores.
Há o engano
E a artificialidade
No lirismo insonoro
Na composição
Intrigada de reticências.
Há as bocas abertas
De espanto,
A consternação aflita
E o prurido que morde
A face, no esconderijo.
E há a Palavra
Viva e capaz,
O verso perfeito
Que espera em silêncio
A sua hora…
Vera Sousa Silva
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