Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
2 comentários:
Ser poeta é simplismente amar sem medida e direção, amar, ainda assim, na contramão.
Florbela, sempre divina!
Beijos!
Estou sim interessada em participar só que não entendo com me ajuda
Um beijo
Princesa
Enviar um comentário