'O espelho reflecte certo; não erra porque não pensa.
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo'
Alberto Caeiro

Sentidos

terça-feira, 2 de dezembro de 2008
















Os três mosqueteiros,
Eram afinal quatro;
Eu era Eu e era o Outro,
Sem saber qual de facto.

À frente do Espelho
Perguntei quem era eu.
Vi múltiplas imagens,
Mas o Espelho não respondeu.

Eu sou o Eu, o Outro
E também de ti um pouco.
Não encontrarei definição
Nesta procura de louco.

Talvez seja melhor assim:
O perfume do desconhecido,
Viajar dentro de mim
Sem futuro definido.

Texto:Renato Roque
(ver site pessoal aqui!)

Foto: Otario
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Nós somos cada um, de nós, e somos também o outro. Eu sou eu e sou cada texto que leio, cada poema, cada história. Que é este espaço senão um espelho onde a imagem de cada um de nós se reflecte no outro, se interioriza? Por momentos, a definição perde-se e chegamos a não saber quem somos, num dado momento, quando nos apaixonamos intensamente por uma palavra.

2 comentários:

izzie disse...

"Que é este espaço senão um espelho onde a imagem de cada um de nós se reflecte no outro, se interioriza? Por momentos, a definição perde-se e chegamos a não saber quem somos..."
Por isso gosto tanto deste projecto e adorei o convite... via tu, òh fundador! =)

escarlate.due disse...

excelente este anexo ao poema

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