Desafio de Escrita EspelhoSentido
Como estamos a entrar na época natalícia, pensei fortalecer o ES, conciliando ambos.
Assim, surgiu-me a ideia da elaboração de um texto livre, baseado no Natal, com a intervenção de todos os membros, ou daqueles que se mostrarem interessados. O objectivo seria, um membro iniciar o conto e, de seguida, passando a vez, um outro continuar e assim sucessivamente.
Deste modo, peço aos interessados que comentem, a fim de averiguar se existem meios de concretizar esta actividade.
12 comentários:
count me in...
uma iniciativa gira :)
ideia super interessante =) conta comigo.
Já o fiz uma vez e é realmente mto interessante... por isso conta comigo.
:) hum... o mais complicado é começar. Alguém se encontra disposto a tal? eu não me importo, mas prefiro dar a quem se revelar mais apto... tenho alguma dificuldade em iniciar textos, só me safo nas rimas :)
oi! blog mt bom =)
pois...é uma iniciativa porreira.
outra sugestão, a musica do blog... enya ou john coltrane é uma mais forte aposta.. ;)
uuuiii... n ando nada imaginativa... por isso alguém que comece... acho que sou melhor a seguir as ideias... realmente... enya tb me parece bem...
Eu so vou ter algum tempo livre la para segunda feira... fica um bocado em cima já...
hum... eu também, em princípio, só poderia iniciar na segunda. O facto de o Natal estar quase à porta é algo a considerar sim... contudo, como a iniciativa está a ser aceite e até é algo deveras interessante, se não nos for possível avançar com o tema Natal, poderemos avançar com qualquer outro... :) temos de avaliar supostas propostas aqui para o ES.
Boa tarde!
Este é mais um blog k vale a pena. Parabéns!
Longe de mim considerar-me mais apta que Otário, mas achei engraçada a inciativa, por isso... e como só sei escrever em prosa e não vi indicação que o impedisse, nem regras a serem seguidas... com a vossa permissão:
A época aproximava-se. Este não seria um Natal como tantos outros. Afastou o cortinado azul da sala, olhou pelo vidro transparente da janela. Pesadas gotas de água caíam lá fora, sobre o negro asfalto, a verde relva salpicada de narcisos, o carro vermelho meticulosamente estacionado frente ao portão. Ao longe a serra erguia-se imponente, perfurando o céu onde um multicolor e tímido arco-íris se desenhava. Nevaria este ano?
Não amava o frio por aí além, mas gostava do crepitar da madeira a arder na lareira, do aconchego que ela lhe provocava, o calor imenso que emanava e… aquelas chamas vermelhas que o inspiravam. Abriu a portinhola, remexeu a lenha, ateou mais o fogo que lhe abrasou o rosto e a alma. Olhou o velho relógio pendurado na parede. Ainda era cedo.
Sentou-se calmamente na poltrona de veludo estampado, já coçado pelos anos de uso. Fitou os olhos negros da foto emoldurada sobre a mesa. Entrelaçou os dedos de ambas as mãos sobre o colo. Recostou a cabeça e os olhos cerraram-se lentamente até ao mais profundo interior de si mesmo.
A seu lado as luzes da enorme árvore de Natal continuavam a piscar e lá fora chovia intensamente…
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